Ainda não sei quem você é, onde
mora ou se gosta de jujubas assim como eu. Ainda não sei quais são suas manias,
se o seu signo combina com o meu ou se precisaríamos ter paciência para dividir
o controle da TV quando meu seriado favorito e o seu programa de humor
estivessem ao mesmo tempo no ar. Nem sei se você é do tipo que gosta de rir
escancaradamente ou se prefere um riso de canto, contido e discreto.
Você apenas apareceu e me deixou
cheio de dúvidas. Já passo dos 22 e ainda não aprendi a controlar a ansiedade quando
alguém assim, do tipo mistério, aparece. Ando cheio de quereres desde que te
descobri e não saber o mínimo de você me deixa louco, sofro por antecipação e
deixo a expectativa subir à cabeça.
Acho que você tem as peças de mim
que fui deixando pelo caminho, aquelas que se desprenderam em lugares incomuns
na esperança de que fossem achadas e trazidas de volta. É difícil compreender,
nem eu mesmo entendo. Parece que você é um eu disfarçado em mais segurança e
uma cara de mau, mas ainda um menino aprendendo a viver.
Acho que, de fato, sou mesmo um
pouco louco. Você surgiu há três dias e eu já me sinto um pouco seu. Já idealizo
nosso cinema nas noites de sexta e nosso sorvete de casquinha aos sábados. Mas
e se você não gostar de sorvete?
Aceitaria um café?
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