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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Meu adeus


Hoje eu me despeço de você, assim mesmo sem bilhete, sem carta de adeus, sem uma olhadela para guardar na lembrança um último sorriso seu. Me despeço por saber que sua falta pesará tanto quanto sua presença hoje me esmaga o peito, assim fria, sem toque ou atenção. Me despeço por amor a mim, por amor ao que ainda resta de puro e sadio, por amor a todo sentimento que guardo e que tanto me dispus a te entregar.

Hoje me despeço dos nossos encontros inesperados no meio da rua, das nossas mensagens trocadas e das vezes que busquei seu número na agenda do telefone e não liguei. Tive medo de perder o pouco que tinha da atenção minguada que você me oferecia, mas que alimentava meus dias de esperança e sorrisos confusos. Mas hoje, ainda confuso, me despeço.

Hoje eu me despeço por estar cansado de pular “Apenas Mais Uma De Amor” sempre que me pegava ouvindo o disco do Lulu; por gostar tanto de você tendo a certeza de que o lugar que a ti reservei na minha vida, não te apetece o olhar e muito menos o coração. Me despeço e, enquanto sigo na tentativa de curar minha ressaca de você, tropeço na vontade de voltar. É que o amor não é como vodka, que faz efeito e depois passa.

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